Certa vez li um artigo sobre fotografia contemporânea que explorava a natureza/origem das imagens. Logicamente, esses papéis estão no meio de alguma bagunça e eu não me recordo o nome do autor. Mas a captura da imagem da imagem foi algo que me impregnou.
Aula do Ventapane da distante UFRJ:
Sair à campo com uma máquina fotográfica de celular.
Na época meu celular era super pré-histórico. Tijolão. Só era colorido. Um luxo!
Arrumei outro muito mais antigo mas que guardava consigo a contraditória modernidade. Um dos primeiros modelos a tirar foto!
Não se passavam as fotos pro computador (na época não havia o boom das redes sociais.) Mas de alguma maneira misteriosa - que não eram cabos USB, nem via bluetooth ou menos ainda internet - deveria ser possível transferir o arquivo digital para o computador.
Isso me intrigava. A imagem, agora estava presa. Refém da péssima resolução imagética e da impossibilidade de encontrar seu fim, saída ou compartilhamento.
Daí o texto/inspiração me retorna. Liberto os registros através da foto da foto. As listras, os pixels, os cruzamentos das mínimas unidades de resolução digital continuavam denunciando sua obsolescência e revelando a origem ainda carcerária destas imagens.
O inusitado da história é que, do arquivo do trabalho da faculdade, perdi todas as "cópias"! Apenas me restou uma. Ironicamente impressa.
Escaneei pra tentar recuperar minhas saudosas imagens, quase já memórias...
O fóssil, como evidência:
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
Le tourbillon de la vie
Na sessão de Batman de quinta-feira, havia um curta sobre Milton Nascimento. Ele falava que decidiu compor ao assistir "Jules et Jim" obra-prima de Truffaut. Finalmente, encorajado pela dica do mestre músico, peguei o filme na locadora.
Nele, ou a partir dele somos convidados, não só a compor, mas amar, viver, errar, aprender, errar, acertar, procurar, encontrar, se afastar, separar, reaproximar....
O filme é livre como a vida, ainda que existam lá o ciúme, a raiva e o egoísmo. E sobretudo porque existem, merece ser vivida intensamente.
A amizade dos dois, um quase casamento, é algo que sempre escapa à superficialidade. É compartilhada. Quem (se não já tem) não busca alguém assim? O verdadeiro companheirismo que divide o silêncio, os gostos, as opiniões.
Il faut bien partager la vie.
A canção entoada por Jeanne Moreau é um capítulo extraordinário. Perfeitamente colada na alma da personagem, sintetiza e reflete seu interior e também o nosso. A admirável capacidade de traduzir pensamentos...
LE TOURBILLON DE LA VIE
Elle avait des bagues à chaque doigt,
Des tas de bracelets autour des poignets,
Et puis elle chantait avec une voix
Qui, sitôt, m'enjôla.
Elle avait des yeux, des yeux d'opale,
Qui me fascinaient, qui me fascinaient.
Y avait l'ovale de son visage pâle
De femme fatale qui m'fut fatale {2x}.
On s'est connus, on s'est reconnus,
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus d'vue
On s'est retrouvés, on s'est réchauffés,
Puis on s'est séparés.
Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie
Je l'ai revue un soir, hàie, hàie, hàie
Ça fait déjà un fameux bail {2x}.
Au son des banjos je l'ai reconnue.
Ce curieux sourire qui m'avait tant plu.
Sa voix si fatale, son beau visage pâle
M'émurent plus que jamais.
Je me suis soûlé en l'écoutant.
L'alcool fait oublier le temps.
Je me suis réveillé en sentant
Des baisers sur mon front brûlant {2x}.
On s'est connus, on s'est reconnus.
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus de vue
On s'est retrouvés, on s'est séparés.
Puis on s'est réchauffés.
Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie.
Je l'ai revue un soir ah là là
Elle est retombée dans mes bras. {2x}
Quand on s'est connus,
Quand on s'est reconnus,
Pourquoi se perdre de vue,
Se reperdre de vue ?
Quand on s'est retrouvés,
Quand on s'est réchauffés,
Pourquoi se séparer ?
Alors tous deux on est repartis
Dans le tourbillon de la vie
On a continué à tourner
Tous les deux enlacés
Tous les deux enlacés.
Des tas de bracelets autour des poignets,
Et puis elle chantait avec une voix
Qui, sitôt, m'enjôla.
Elle avait des yeux, des yeux d'opale,
Qui me fascinaient, qui me fascinaient.
Y avait l'ovale de son visage pâle
De femme fatale qui m'fut fatale {2x}.
On s'est connus, on s'est reconnus,
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus d'vue
On s'est retrouvés, on s'est réchauffés,
Puis on s'est séparés.
Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie
Je l'ai revue un soir, hàie, hàie, hàie
Ça fait déjà un fameux bail {2x}.
Au son des banjos je l'ai reconnue.
Ce curieux sourire qui m'avait tant plu.
Sa voix si fatale, son beau visage pâle
M'émurent plus que jamais.
Je me suis soûlé en l'écoutant.
L'alcool fait oublier le temps.
Je me suis réveillé en sentant
Des baisers sur mon front brûlant {2x}.
On s'est connus, on s'est reconnus.
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus de vue
On s'est retrouvés, on s'est séparés.
Puis on s'est réchauffés.
Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie.
Je l'ai revue un soir ah là là
Elle est retombée dans mes bras. {2x}
Quand on s'est connus,
Quand on s'est reconnus,
Pourquoi se perdre de vue,
Se reperdre de vue ?
Quand on s'est retrouvés,
Quand on s'est réchauffés,
Pourquoi se séparer ?
Alors tous deux on est repartis
Dans le tourbillon de la vie
On a continué à tourner
Tous les deux enlacés
Tous les deux enlacés.
Tous les deux enlacés.
PS: já reescutei 5 vezes seguidas enquanto posto...
terça-feira, 28 de agosto de 2012
humanos diários #1
Um desenho por dia.
Se tiver assunto.
Se não, tem desculpa, e aí, desolé...
Blusa "CK", Cinto "Richard's", Calça "Levi's", Bolsa (Linda!!!) "Zara", Tênis "acervo pessoal", I-phone "obviamente", Braço "2h/dia de treino + "suplemento alimentar natural".
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
#chatiado?
O mesmo tédio dá firulas. Enrola tudo e camufla todas as coisas como beges. O sábado desintegra, o domingo se arrasta. Os estudos, os quereres, as razões, as sensibilidades, todas as coisas empalidecem ao mesmo tempo.
sábado, 25 de agosto de 2012
Silêncio Extrovertido.
Eu lhe dou o direito de achar o que quiser de minhas palavras. Aliás, não lhe concedo. Isto já sempre foi seu, inato. Mas, há um problema em querer achar sem procurar. Aí se forma o abismo da busca decapitada. A urgência impera e os dessentidos proliferam. Uma infecção de pseudo-realidades abandonadas. Emergência dos feudos. Diversos mundos supostos e paralelos e um tempo que não pára. O tempo é comum.
O tlec do ventilador me -tlec- irrita. Desligo. Agora o calor. O silêncio-paradiso, continua amplificando ruídos. Agora minha respiração. Me incomoda o carro que faz a curva na estrada do galeão imaginária pois que lá não tem, nem longe, curva alguma. Nenhuma.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
sábado, 9 de maio de 2009
Pingos nos is
Teste de resistência do fim.
Olhar nos olhos do que algum dia já foi doce...
Sentir, nos constrangidos cumprimentos formais, a pele que um dia foi macia...
Receber, pelo vento da noite fria e cansada de um dia inteiro, o perfume que já foi delicioso.
Tudo já foi um dia...
Confirmar o não, admitir o que já foi.
Deixar ir.
Acho que é o mais difícil de tudo isso...
Pensar que estar sozinho seja melhor do que ter alguém que não te ama (mas diz que te quer) é obtuso, estranho... É fora da paixão, dos vazios... É vontade de se preencher com seu próprio amor. É a razão invadindo, clamando seu espaço correto.
Sem migalhas ou restos. Revirar-se na solidão tentando achar a ponta do meu tecido e desmascarar esse meu fantasma exterior.
Olhar nos olhos do que algum dia já foi doce...
Sentir, nos constrangidos cumprimentos formais, a pele que um dia foi macia...
Receber, pelo vento da noite fria e cansada de um dia inteiro, o perfume que já foi delicioso.
Tudo já foi um dia...
Confirmar o não, admitir o que já foi.
Deixar ir.
Acho que é o mais difícil de tudo isso...
Pensar que estar sozinho seja melhor do que ter alguém que não te ama (mas diz que te quer) é obtuso, estranho... É fora da paixão, dos vazios... É vontade de se preencher com seu próprio amor. É a razão invadindo, clamando seu espaço correto.
Sem migalhas ou restos. Revirar-se na solidão tentando achar a ponta do meu tecido e desmascarar esse meu fantasma exterior.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
Fantasmas

Tinha um fantasma debaixo da cama que todos os dias assombrava. Sobrenaturalmente voava com o vento frio das memórias tristes. Voava pra perto. Vinha, de longe.
Todos os dias, novamente e sempre, o desespero rondava. E a curiosidade aumentava. Proporcionalmente. Não apenas ela, pois que, visto o vulto do fantasma, a surpresa já havia há tanto se esparsado. Um amálgama disforme de talvez uma vontade perigosa de revisitar a dor.
Não sem sentido. Tento as palavras, mas elas não brilham tanto ou não são tão opacas quanto o que sinto.
Sentia medo, movido por uma leve e agradável vontade de embrenhar-me no limite do prazer já conhecido.
Um risco. Esse é o nome, quase preciso, da experiência fantasmagórica que almejava percorrer.
Um dia, como hoje... Do nada, do mais claro raio de sol, eis que uma voz lamacenta se erige. Demoro a identificar, não era a noite dos fantasmas com luz da lua cheia, nuvens no céu, música de suspense, coração acelerado e aquele temático vento frio. Não havia morcegos ou outra atmosfera.
Era dia! Tão alegre em mim, que assim o fosse! Não deixei me abater.
Levantei meu corpo, alteei a voz. Como de súbito tomado por um imenso auto-amor e segurança, não permiti o medo. Avancei. Ultrapassei o pântano e com doçura característica puxei o lençol branco.
Por debaixo, apenas uma formiga. Magra, pequena, achatável e miseravelmente sozinha.
Todos os dias, novamente e sempre, o desespero rondava. E a curiosidade aumentava. Proporcionalmente. Não apenas ela, pois que, visto o vulto do fantasma, a surpresa já havia há tanto se esparsado. Um amálgama disforme de talvez uma vontade perigosa de revisitar a dor.
Não sem sentido. Tento as palavras, mas elas não brilham tanto ou não são tão opacas quanto o que sinto.
Sentia medo, movido por uma leve e agradável vontade de embrenhar-me no limite do prazer já conhecido.
Um risco. Esse é o nome, quase preciso, da experiência fantasmagórica que almejava percorrer.
Um dia, como hoje... Do nada, do mais claro raio de sol, eis que uma voz lamacenta se erige. Demoro a identificar, não era a noite dos fantasmas com luz da lua cheia, nuvens no céu, música de suspense, coração acelerado e aquele temático vento frio. Não havia morcegos ou outra atmosfera.
Era dia! Tão alegre em mim, que assim o fosse! Não deixei me abater.
Levantei meu corpo, alteei a voz. Como de súbito tomado por um imenso auto-amor e segurança, não permiti o medo. Avancei. Ultrapassei o pântano e com doçura característica puxei o lençol branco.
Por debaixo, apenas uma formiga. Magra, pequena, achatável e miseravelmente sozinha.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Espera
Então.
Tem semanas, talvez meses que to sem mesa.
Tem semanas que tem uma obra interminável tomando conta com batidas infernais ou poeiras encardidas, da casa inteira. Não tem um cômodo que não esteja um caos total. Descupinização, pinturas, quebradeiras. Não tem um espaço livre, Tá tudo pra fora dos quartos e não tem uma mesa que possa ser usada.
A minha nova mesa tá chegando... Lá pro dia 7 tudo vai mudar. Espero que acabem as dores também...
Espero.
Tem semanas, talvez meses que to sem mesa.
Tem semanas que tem uma obra interminável tomando conta com batidas infernais ou poeiras encardidas, da casa inteira. Não tem um cômodo que não esteja um caos total. Descupinização, pinturas, quebradeiras. Não tem um espaço livre, Tá tudo pra fora dos quartos e não tem uma mesa que possa ser usada.
A minha nova mesa tá chegando... Lá pro dia 7 tudo vai mudar. Espero que acabem as dores também...
Espero.
Síntese

Texto original, um desabafo sobre tendinite (ou alguma outra inflamação que nenhum médico resolve) e a roda que gira em torno de elementos estagnados: monografia, trabalhos, site pessoal, portfólio:
"Minha mão tá secando. Parece não ir mais. O traço, não encontro, o mouse não clica, o pensamento se desvia, resvala... O braço dói demais, todas as ferramentas tornam-se improdutivas..."
terça-feira, 21 de abril de 2009
música

Fica tudo tão claro, quase não penso talvez.
Olho, vejo, aprecio...
Entendo, de tanto jeito que não preciso viver o mesmo.
Penso e sinto."
Tava pensando sobre como cometo o mesmo erro tantas vezes, e como, em algumas delas é pelo fato de achar que, pelos mesmos, não mais passarei. Supondo-me imune, caio num buraco. Depois levanto e, quem sabe aprendo. Errando.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
me despedindo da UFF
quarta-feira, 15 de abril de 2009
eu sou uma pilha de papéis amassados
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