sábado, 25 de agosto de 2012

Silêncio Extrovertido.

Eu lhe dou o direito de achar o que quiser de minhas palavras. Aliás, não lhe concedo. Isto já sempre foi seu, inato. Mas, há um problema em querer achar sem procurar. Aí se forma o abismo da busca decapitada. A urgência impera e os dessentidos proliferam. Uma infecção de pseudo-realidades abandonadas. Emergência dos feudos. Diversos mundos supostos e paralelos e um tempo que não pára. O tempo é comum.

O tlec do ventilador me -tlec- irrita. Desligo. Agora o calor. O silêncio-paradiso, continua amplificando ruídos. Agora minha respiração. Me incomoda o carro que faz a curva na estrada do galeão imaginária pois que lá não tem, nem longe, curva alguma. Nenhuma.

São as horas que me perturbam. Mas que horas? São os minutos! É a pressa. Pára. Calma. Saia. Lata. Grite. Esmurre. Vomite o escuro. Barulho é viver.

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