terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Untitled (Perfect Lovers)

Sem rótulos.
Sem data.
Sem amarras.
Sem prisões.
Sem nada.

Apenas o rico e mútuo conhecer.
E a vontade crescente de continuar conhecendo.
E a alegria transbordante de curtir um sorriso.
Um beijo,
Um carinho.

Sem medo.
Sem pressa.
Sem futuro.

Somos pássaros livres, os dois.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pessoinhas

Cara de certeza absoluta em suas geniais suposições.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Saudade de planta.

Uma plantinha que cultivava em Saint Étienne. 
Hoje pensei se ela chegou a morrer após meu retorno.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Descolar

Tem coisas que não colam mais.
As mesmas coisas repetidas, parecem já velhas, desencaixadas.
Descolam.

Decolam.

Vão.
Liberto. 

Não me pegam mais.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Chasing Dots

As cores ficaram péssimas no scanner, mas é quase isso.




sábado, 22 de setembro de 2012

Amanhã nem cabe

Éramos aquela baboseira toda de almas gêmeas.

Antes de deixarmos completamente de ser.
E nisso não havia vestígio de romantismo.
Senão o mais puro e pessimista contato com uma realidade escrota.

Éramos iguais em defeitos.
Isso nos tornava tão próximos.
Tão especiais.
Tão conectados.

Minha auto-imagem da época.
Abaixo.

Hoje, olhando por outras janelas,
Sinto muito em perceber o quão você era tão tão tão
Eu.
Hoje, outras janelas me mostram
Novas e diversas paisagens.
Bem longes, bem melhores,
Bem felizes.
Bem...
Sem você.
Que se confundia comigo.

Hoje já é melhor.
Amanhã nem cabe de tamanho!




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Das fotos perdidas

Certa vez li um artigo sobre fotografia contemporânea que explorava a natureza/origem das imagens. Logicamente, esses papéis estão no meio de alguma bagunça e eu não me recordo o nome do autor. Mas a captura da imagem da imagem foi algo que me impregnou.

Aula do Ventapane da distante UFRJ:
Sair à campo com uma máquina fotográfica de celular.
Na época meu celular era super pré-histórico. Tijolão. Só era colorido. Um luxo!
Arrumei outro muito mais antigo mas que guardava consigo a contraditória modernidade. Um dos primeiros modelos a tirar foto! 

Não se passavam as fotos pro computador (na época não havia o boom das redes sociais.) Mas de alguma maneira misteriosa - que não eram cabos USB, nem via bluetooth ou menos ainda internet - deveria ser possível transferir o arquivo digital para o computador.

Isso me intrigava. A imagem, agora estava presa. Refém da péssima resolução imagética e da impossibilidade de encontrar seu fim, saída ou compartilhamento.

Daí o texto/inspiração me retorna. Liberto os registros através da foto da foto. As listras, os pixels, os cruzamentos das mínimas unidades de resolução digital continuavam denunciando sua obsolescência e revelando a origem ainda carcerária destas imagens.

O inusitado da história é que, do arquivo do trabalho da faculdade, perdi todas as "cópias"! Apenas me restou uma. Ironicamente impressa. 
Escaneei pra tentar recuperar minhas saudosas imagens, quase já memórias...

O fóssil, como evidência:


sábado, 1 de setembro de 2012

Le tourbillon de la vie


Na sessão de Batman de quinta-feira, havia um curta sobre Milton Nascimento. Ele falava que decidiu compor ao assistir "Jules et Jim" obra-prima de Truffaut. Finalmente, encorajado pela dica do mestre músico, peguei o filme na locadora.


Nele, ou a partir dele somos convidados, não só a compor, mas amar, viver, errar, aprender, errar, acertar, procurar, encontrar, se afastar, separar, reaproximar....

O filme é livre como a vida, ainda que existam lá o ciúme, a raiva e o egoísmo. E sobretudo porque existem, merece ser vivida intensamente.
A amizade dos dois, um quase casamento, é algo que sempre escapa à superficialidade. É compartilhada. Quem (se não já tem) não busca alguém assim? O verdadeiro companheirismo que divide o silêncio, os gostos, as opiniões.

Il faut bien partager la vie.


A canção entoada por Jeanne Moreau é um capítulo extraordinário. Perfeitamente colada na alma da personagem, sintetiza e reflete seu interior e também o nosso. A admirável capacidade de traduzir pensamentos...



LE TOURBILLON DE LA VIE

Elle avait des bagues à chaque doigt,
Des tas de bracelets autour des poignets,
Et puis elle chantait avec une voix
Qui, sitôt, m'enjôla.

Elle avait des yeux, des yeux d'opale,
Qui me fascinaient, qui me fascinaient.
Y avait l'ovale de son visage pâle
De femme fatale qui m'fut fatale {2x}.

On s'est connus, on s'est reconnus,
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus d'vue
On s'est retrouvés, on s'est réchauffés,
Puis on s'est séparés.

Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie
Je l'ai revue un soir, hàie, hàie, hàie
Ça fait déjà un fameux bail {2x}.

Au son des banjos je l'ai reconnue.
Ce curieux sourire qui m'avait tant plu.
Sa voix si fatale, son beau visage pâle
M'émurent plus que jamais.

Je me suis soûlé en l'écoutant.
L'alcool fait oublier le temps.
Je me suis réveillé en sentant
Des baisers sur mon front brûlant {2x}.

On s'est connus, on s'est reconnus.
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus de vue
On s'est retrouvés, on s'est séparés.
Puis on s'est réchauffés.

Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie.
Je l'ai revue un soir ah là là
Elle est retombée dans mes bras. {2x}

Quand on s'est connus,
Quand on s'est reconnus,
Pourquoi se perdre de vue,
Se reperdre de vue ?

Quand on s'est retrouvés,
Quand on s'est réchauffés,
Pourquoi se séparer ?

Alors tous deux on est repartis
Dans le tourbillon de la vie
On a continué à tourner
Tous les deux enlacés
Tous les deux enlacés.
Tous les deux enlacés.
PS: já reescutei 5 vezes seguidas enquanto posto... 


terça-feira, 28 de agosto de 2012

humanos diários #1

Um desenho por dia.
Se tiver assunto.
Se não, tem desculpa, e aí, desolé...

Blusa "CK", Cinto "Richard's", Calça "Levi's", Bolsa (Linda!!!) "Zara", Tênis "acervo pessoal", I-phone "obviamente", Braço "2h/dia de treino + "suplemento alimentar natural".

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A linha dele


Tempo

Tempo.
A palavra mais recorrente dos últimos vezes no vocabulário de meus escritos.

domingo, 26 de agosto de 2012

#chatiado?

O mesmo tédio dá firulas. Enrola tudo e camufla todas as coisas como beges. O sábado desintegra, o domingo se arrasta. Os estudos, os quereres, as razões, as sensibilidades, todas as coisas empalidecem ao mesmo tempo.

sábado, 25 de agosto de 2012

Silêncio Extrovertido.

Eu lhe dou o direito de achar o que quiser de minhas palavras. Aliás, não lhe concedo. Isto já sempre foi seu, inato. Mas, há um problema em querer achar sem procurar. Aí se forma o abismo da busca decapitada. A urgência impera e os dessentidos proliferam. Uma infecção de pseudo-realidades abandonadas. Emergência dos feudos. Diversos mundos supostos e paralelos e um tempo que não pára. O tempo é comum.

O tlec do ventilador me -tlec- irrita. Desligo. Agora o calor. O silêncio-paradiso, continua amplificando ruídos. Agora minha respiração. Me incomoda o carro que faz a curva na estrada do galeão imaginária pois que lá não tem, nem longe, curva alguma. Nenhuma.

São as horas que me perturbam. Mas que horas? São os minutos! É a pressa. Pára. Calma. Saia. Lata. Grite. Esmurre. Vomite o escuro. Barulho é viver.

Silêncio

Gosto desses silêncios.
A cidade dorme.
Dá pra escutar a formação dos pensamentos.
Ater-me a eles.
Centralizar toda atenção na criação.
Um nicho de paz e recolhimento.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Cláudia

 
Desenho "de televisão": 5 min assistindo "Amor Eterno Amor"


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Íntimo

O não saber como agir.
Fluir.
Esquecer.
Relevar.
Compreender.
Humanizar.
Simplificar,
Ou o quê?!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Não são corações.

Não é sobre amor porque não são corações. 
São folhas.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Raso.

Tava indo leve.
Direito.
Daí torno-me acessório.
Não entro.
Fico na sala de espera.
Angustiado por dias, ali.
Não nos falamos.
Não sei o que, de verdade se passa.
Estranho.

domingo, 18 de março de 2012

Casal da van

Via de longe. Na mesma esquina, os mesmos corpos com os quais divido espaço diariamente na van. Ralentei os meus passos, na tentativa de testemunhar o reencontro. Imaginei, enquanto ele atravessava a rua, sua história. A história deles dois. Os pequenos fragmentos de carinho se amontoando. Ele atravessa. Olho discretamente para o que esperava na esquina do Rei do Mate. Agora mesmo olhando no relógio, já abrira um sorriso gigantesco. O corpo se transformando em gestos, à espera do outro. O abraço se espreguiçando, antecipando a síntese de um beijo que não acontece. Na mesma hora no mesmo lanche antes de irem para casa após um dia imaginado cheio de trabalho desgastante. A beleza e o inferno da rotina. O cultivo do afeto, da atenção, do cuidado. Do amor. Cada dia.