Certa vez li um artigo sobre fotografia contemporânea que explorava a natureza/origem das imagens. Logicamente, esses papéis estão no meio de alguma bagunça e eu não me recordo o nome do autor. Mas a captura da imagem da imagem foi algo que me impregnou.
Aula do Ventapane da distante UFRJ:
Sair à campo com uma máquina fotográfica de celular.
Na época meu celular era super pré-histórico. Tijolão. Só era colorido. Um luxo!
Arrumei outro muito mais antigo mas que guardava consigo a contraditória modernidade. Um dos primeiros modelos a tirar foto!
Não se passavam as fotos pro computador (na época não havia o boom das redes sociais.) Mas de alguma maneira misteriosa - que não eram cabos USB, nem via bluetooth ou menos ainda internet - deveria ser possível transferir o arquivo digital para o computador.
Isso me intrigava. A imagem, agora estava presa. Refém da péssima resolução imagética e da impossibilidade de encontrar seu fim, saída ou compartilhamento.
Daí o texto/inspiração me retorna. Liberto os registros através da foto da foto. As listras, os pixels, os cruzamentos das mínimas unidades de resolução digital continuavam denunciando sua obsolescência e revelando a origem ainda carcerária destas imagens.
O inusitado da história é que, do arquivo do trabalho da faculdade, perdi todas as "cópias"! Apenas me restou uma. Ironicamente impressa.
Escaneei pra tentar recuperar minhas saudosas imagens, quase já memórias...
O fóssil, como evidência:
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
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