Pude perceber no teu corpo o medo do meu. Teu olhar, ainda doce e sereno se esforçava em não pousar sobre os meus olhos.
Por isso mesmo eram ainda encantadores e afetuosos...
Tu não me evitavas, não tentava te afastar de mim com repulsa.
Percebi que a distância era o carinho com o qual te aproximavas...
Não pude, também, deixar de reparar teu constrangimento...
Gaguejastes, fugistes, derrubastes objetos quase tremendo... Buscavas as palavras e os assuntos que faltavam...
Queria ter a certeza que esses fossem convites, mas talvez não o sejam.
Não são.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
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Um comentário:
com todo o respeito. nossa, parece que fui eu que escrevi isso. agora eu entendi porque você gosta do que eu escrevo, a gente sente muito parecido, ou traduz muito parecido o que sente.
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