L'amour

Saca de Ervilhas

Sabe aquelas coisas, pequenas, quase pueris que nos trazem felicidade?

Hoje realizei uma maratona. Passei por pontos tão distintos e distantes do Rio atrás de dois livros extremamente necessários para minha monografia. Fui à Niterói para um pouco de fotografia e iluminação (outra coisita que me traz felicidade, imaginar o quanto essa noção de luz enriquecerá minhas ilustrações) e tinha que passar no Fundão, achar Vilma ou Rosalinda (acho que é esse o nome), conseguir suas respectivas assinaturas na biblioteca (era horário de almoço) e partir para a Lapa (ESDI) pra tentar pegar os livros. Após, iria para Del Castilho, tomar aulas de français.

Consegui tudo antes do horário da aula, que aliás, foi desmarcada pela professora, voltei para minha monografia e chego, finalmente à felicidadinha. Lendo o livro (mega, master, ultra fodão) já me entretia, mas eis que me recordo que ele vem com um DVD! Sabe quando vc esquece algo que era bom e quando se lembra ele se torna um bônus muito gostoso?! Tipo encontrar dinheiro na rua, no bolso de uma calça que já tinha sido lavada, encontrar alguém querido por acaso na rua, receber uma carta inesperada, etc etc...
É algo tão agradável de uma maneira leve que eu tento preservar, como o último biscoito do pacote que tem sempre um gosto mais doce!
Resolvi escrever pela maluquice de prolongar esse prazer.
Até agora ainda não abri o DVD.
Logo o farei!

OBS: Saca de ervilhas veio do filme Amelie Poulain. Pra quem não lembra ou não viu, tem uma cena que ela relata seus pequenos prazeres que enchem de brilho sua vida...

Oui!

As coisas que se plantam dão frutos.

Antes porém, abrem-se flores perfumosas.

Home Office

Meu quarto novo está 99% pronto!
Já respiro outros ares!
Quanto tiver tudo no lugar posto uma foto pros meus leitores fantasmas hauhauhau

Respirar

Pego o ar, tomo seus largos goles... Encho meu peito lentamente. Como quem sai de ressaca, rosto inchado, cabeça dolorida. Já penso e isso me ajuda muito. Saio dos tumultuados nós da minha vida. Em imaginação vivo outra. Sem confundí-la com o que é. Apenas vislumbro futuros... Os bons são meus. O resto não seguro. Deixo passar, deixo fluir, deixo descer o rio, que leve consigo agruras e lamúrios. Deixo de descer o rio pois que ele, lá embaixo do infinito, leve sozinho toda a dor.

?

Quero passar milênios longe de mim.
Quero sair daqui. Muito e agora.
Não suporto mais.
Passei do limite

Wolverine

X-Men Evolution, bom desenho sobre a Escola Xavier

Bom e inesquecível desenho animado.

Tenho notado que o blog tá muito pessoal na forma de textos.
Como disse já, uma vez, tá tudo de perna pro ar. Obras...

Mas continuo escrevendo, pra seguir adiante.
Sexta vi Wolverine.
Adorava os desenhos que passavam na década de 90 dos x-men. Cheguei a comprar alguns HQs deles. Os dois filmes de Bryan Singer (x-men 1 e 2) são excepcionais. Eles que começaram com essa onda de super-heróis sérios que culminou no soberbo Batman-Cavalheiro das Trevas. O terceiro X-men de alguma forma respeita essa alegoria do preconceito, da não-aceitação, da intolerância e da liberdade que foram os outros dois, no entanto os personagens já começam a ficar chapados, unidimensionais e sem vida.
Wolverine é o cúmulo disso tudo. Filme desnecessário (infelizmente, pois eu mesmo estava ansioso pra ver) sem nenhum personagem tridimensional, cenas de ação patéticas (fala sério, não tem nenhuma memorável como o ataque do Noturno no início do X-men 2 ou a devastação de Jean Grey quase Fênix em sua casa no subúrbio) e sempre algum personagem surgindo do nada salvando a cena no final.
Os conflitos entre Logan e Victor são ridículos. Repetitivos. Sempre um de frente pro outro, Dentes de Sabre correndo (como o Noturno, com o mesmo movimento quadrúpede) e se esbarrando sem nada acontecer. Sem sangue nas cenas, fraco.
Muito fraco. Cadê a subtrama, a alegoria, as aberrações? Nem o passado dele é interessante ao ponto de segurar. Aliás, o que é mesmo que o filme conta sobre o passado dele? O mesmo flashback dos 3 filmes anteriores só que extendido e mal filmado.
:(

Semente

"Filhos, tanto o real como o irreal estão contidos na semente. Quando uma semente é plantada, a casca se rompe e se dissolve no solo. A essência da semente brota e cresce. De modo semelhante, tanto o real quanto o irreal estão dentro de nós. Se nos ativermos ao que é real, nada vai nos incomodar e nós nos tornaremos expansivos. Se nos apegarmos ao irreal, não poderemos crescer."
Amma

Madrugada

Sábado.
Prefiro as sextas para sair. Como nessa última. Mas esse sábado tá fogo. É memória de um lado, funk do outro na festa da rua, nada além de concurso de miss na tv aberta. Eu sem cama... e sem dormir. Dessa vez sozinho por querer próprio e evitar companhias solitárias...

Pingos nos is

Teste de resistência do fim.
Olhar nos olhos do que algum dia já foi doce...
Sentir, nos constrangidos cumprimentos formais, a pele que um dia foi macia...
Receber, pelo vento da noite fria e cansada de um dia inteiro, o perfume que já foi delicioso.
Tudo já foi um dia...
Confirmar o não, admitir o que já foi.
Deixar ir.
Acho que é o mais difícil de tudo isso...
Pensar que estar sozinho seja melhor do que ter alguém que não te ama (mas diz que te quer) é obtuso, estranho... É fora da paixão, dos vazios... É vontade de se preencher com seu próprio amor. É a razão invadindo, clamando seu espaço correto.
Sem migalhas ou restos. Revirar-se na solidão tentando achar a ponta do meu tecido e desmascarar esse meu fantasma exterior.

Formigueiro

Nem era tão simples ou indolor.
Um verdadeiro formigueiro.

Fantasmas

Tinha um fantasma debaixo da cama que todos os dias assombrava. Sobrenaturalmente voava com o vento frio das memórias tristes. Voava pra perto. Vinha, de longe.
Todos os dias, novamente e sempre, o desespero rondava. E a curiosidade aumentava. Proporcionalmente. Não apenas ela, pois que, visto o vulto do fantasma, a surpresa já havia há tanto se esparsado. Um amálgama disforme de talvez uma vontade perigosa de revisitar a dor.
Não sem sentido. Tento as palavras, mas elas não brilham tanto ou não são tão opacas quanto o que sinto.
Sentia medo, movido por uma leve e agradável vontade de embrenhar-me no limite do prazer já conhecido.
Um risco. Esse é o nome, quase preciso, da experiência fantasmagórica que almejava percorrer.

Um dia, como hoje... Do nada, do mais claro raio de sol, eis que uma voz lamacenta se erige. Demoro a identificar, não era a noite dos fantasmas com luz da lua cheia, nuvens no céu, música de suspense, coração acelerado e aquele temático vento frio. Não havia morcegos ou outra atmosfera.
Era dia! Tão alegre em mim, que assim o fosse! Não deixei me abater.
Levantei meu corpo, alteei a voz. Como de súbito tomado por um imenso auto-amor e segurança, não permiti o medo. Avancei. Ultrapassei o pântano e com doçura característica puxei o lençol branco.
Por debaixo, apenas uma formiga. Magra, pequena, achatável e miseravelmente sozinha.

Amma, frase de hoje

"No futuro, as pessoas ficarão muito fracas se não forem capazes de encontrar descanso dentro de si mesmas, porque será cada vez mais difícil encontrar alguém que as ame sem esperar nada em troca. Corajosos são aqueles que encontram a paz em sua própria mente, sob quaisquer circunstâncias, e não os que dependem de outras pessoas ou de objetos materiais para a felicidade. Foi isto o que Sri Rama, Sri Krishna e outras encarnações divinas nos ensinaram." Amma

Post pra animar

Lembrar de uma das coisas que está em processo criativo me faz feliz. Não Feliz. Mas de uma forma delicada e singela me faz pensar nas coisas boas, ainda que o tumulto se sobreponha. Então vamos lá: Filme do Diego González, baseado no conto homônimo do Jorge Furtado. Muito bom, trilha bacaninha composta especialmente pro curta e um design que vai ficar show de bola com as animações tinindo!
:D

agora chega de posts que (adivinhem!) meu braço já está doendo!

Espera

Então.
Tem semanas, talvez meses que to sem mesa.
Tem semanas que tem uma obra interminável tomando conta com batidas infernais ou poeiras encardidas, da casa inteira. Não tem um cômodo que não esteja um caos total. Descupinização, pinturas, quebradeiras. Não tem um espaço livre, Tá tudo pra fora dos quartos e não tem uma mesa que possa ser usada.
A minha nova mesa tá chegando... Lá pro dia 7 tudo vai mudar. Espero que acabem as dores também...
Espero.

Síntese

Texto original, um desabafo sobre tendinite (ou alguma outra inflamação que nenhum médico resolve) e a roda que gira em torno de elementos estagnados: monografia, trabalhos, site pessoal, portfólio:

"Minha mão tá secando. Parece não ir mais. O traço, não encontro, o mouse não clica, o pensamento se desvia, resvala... O braço dói demais, todas as ferramentas tornam-se improdutivas..."